Esta última semana foi dura. Muito dura! É claro que já sabia que a Malhó ía morrer, era evidente que não iria durar muitos mais anos. Eu achava que estava preparada. Só que não... No dia do seu 104º aniversário, no qual a fomos visitar , eu soube que o fim estaria para muito breve. Eu senti! Eu vi muitas pessoas a partirem, muitas mais do que devia ou queria , e em muitas delas era possível perceber que íam morrer daí a umas horas . Às vezes algumas colegas diziam "Tu não agoires!" ou "Lá estás tu com essas coisas!" mas raramente me enganava. Quando não era naquela noite era na seguinte. Mas se até com ess a s pessoas , que não eram as m inhas pessoas, eram "apenas" meus doentes , me custavam, até por elas eu chorava.. Quantas vezes passei a Ponte 25 de Abril a chorar , depois das mortes que assisti no trabalho! Tantas, tantas! E desde que a Malhó morreu que sinto uma tristeza muito grande. Uma dor que nã...
O meu dia-a-dia, desabafos, constatações, o que me passar pela cabeça... um pouco de tudo e de nada, e do que me apetecer... dias bons ou maus, o que surgir...