Na ausência das novas tecnologias, escrevi alguns post's manualmente, que só agora ganhei coragem para transcrever, com as respectivas datas.
Lá encontrei papel e lápis, e voltei para junto de ti escrever.
Alcácer do Sal, Quinta-feira, 29 Abril
Ontem, percorri a longa viagem com o coração apertado, sem saber como te iria encontrar, passados alguns dias de te ter deixado.
Felicitaste-me na chegada com um sorriso e um "Olá minha querida!", que debilmente pronunciaste, mas que me encheram o coração.
Passámos a noite em claro!
Estiveste calmo, mas desperto, com força para algumas palavras e até para brincar! Mas dormir ou fechar os olhos, nada! Nem tu, nem eu!
Ainda me gozaste, com o susto que me pregaste ao atirar-me com uma bola que tinhas na mão.
Depois do Sol nascer, começaste a bocejar e a fechar os olhos por momentos, mas sempre contra o sono a lutar.
Medo de não voltar a acordar.
Medo de partir durante a calada da noite, e de ninguém notar.
Mesmo sabendo que estaria a teu lado, acordada e a olhar por ti, esta noite não conseguiste descansar.
São quase oito da manhã, as minhas pálpebras pesam como chumbo, mas ao escrever obrigo-me a despertar.
Comecei um livro esta noite, mas como o terminei cerca das seis da manhã, decidi começar a escrever.
Lá encontrei papel e lápis, e voltei para junto de ti escrever.
Vais olhando de relance para mim, para te certificares que cá estou. De vez em quando olhas para a televisão, mas a esta hora a atenção já não é muita.
Provavelmente irás passar o dia a dormir, e eu a caminho do Largo, para beber uns cafés que me mantenham desperta, pelo menos, para conseguir conduzir tranquilamente para casa, lá mais para o final do dia, dormir esta noite para amanhar voltar para junto de ti!
São nove horas e continuas acordado, vou-me levantar, dar-te o pequeno-almoço e dar uma fugidinha à rua para absorver cafeína.
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