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Dias de Liberdade...

Ontem comemorou-se, um pouco por todo o país, A Liberdade, o 25 de Abril! Comemorou-se mais um aniversário do dia em que os portugueses saíram dum regime opressivo e punitivo, onde não havia liberdade, nem para se dizer o que se queria!

Felizmente, só nasci um ano depois desta revolução!
Os Portugueses passaram a ser livres, poder exprimir as suas ideias livremente, sem terem que se esconder, ou desconfiar que até um amigo os pudesse denunciar, se as suas ideias fossem contra as do governo de então.

Hoje, podemos votar em quem quisermos, manifestar as nossas frustrações contra o governo (será?), escolher o partido que governará o país nos próximos anos.

A diferença é grande, os tempos são outros...

Existem vários partidos, que são muito bons quando estão na oposição, mas quando chegam ao poder, sofrem uma espécie de amnésia do período eleitoral, e uma vez lá em cima, são todos iguais, qualquer que seja a cor da camisola que envergam.

Somos livres. Podemos fazer manifestações, temos é que avisar com antecedência, senão, levamos com umas bastonadas em cima, e mesmo avisando,... nunca estamos livres de isso nos acontecer! Não a mim, porque nunca fui a nenhuma, nem pretendo ir, qualquer que seja a causa, podem chamar-me cobarde, talvez! mas prometi à minha mãe, há muitos anos, que nunca participaria numa manifestação. E pretendo manter a promessa!!!

Será que somos assim tão livres? Podemos sair de casa, e andar na rua a meio da noite, sozinhos, passear só para sentir o fresco da noite, ver as estrelas e o luar, sem estar sempre a olhar por cima do ombro com medo que alguém nos assalte, ou faça ainda pior!?
Mesmo que apanhem os assaltantes, no dia seguinte, eles estão na rua, ou porque eram menores, ou porque tinham amigos influentes, e nós, ainda permanecemos na esquadra a preencher papelada, mais o guarda que teve o azar de os deter.

Claro que há quem fique preso! Privado da sua liberdade, mas com direito a comida, roupa lavada, e, ai! ai! se não têm TV Cabo!.. pode provocar um motim.

Será que eu tenho liberdade de escrever isto?

Será que me vão bloquear o blog? Inventar um bug qualquer, para quem o tente visitar?

Ou será que me vêm bater á porta, e me torturam, até eu prometer não falar mais de política, e somente e apenas dos passarinhos, das borboletas ou das ondas do mar! (até são temas que, por acaso, me interessam).

Não sei se alguém vai ler este post, mas aqui fica a minha questão, Somos livres, sim, mas até que ponto?

Porque para mim, somos livres desde que a nossa liberdade não interfira com a liberdade dos outros, nem prejudique ninguém!

É óbvio que não gostaria que as coisas fossem como antes do 25 de Abril, não me interpretem mal.

Mas que liberdade é esta, em que falamos, mas ninguém liga ao que dizemos. Lá prometer, prometem...

Até que ponto é que sabemos se há ou não censura na comunicação social? Ok, já não se vêm riscos nos jornais, mas isso não quer dizer nada...

Enfim fico por aqui com o meu desabafo, porque prezo a minha liberdade!

Neste momento, estou livre porque estou sozinha (o meu marido está fora), mas ao mesmo tempo não estou, porque tenho uma gripe, que insiste em não passar, e a tosse não me deixa dormir, e a febre não me deixa em paz. O conceito de "liberdade" é relativo! não é?





Comentários

Sandra Simões disse…
:)
Faço minhas as tuas palavras. Foras aquelas em que o marido está fora e me sinto doente..mas no resto sim.
Nem sei bem para onde estamos a caminhar, se caminhamos de facto ou se nos iludimos que saímso de mesmo lugar.
Deixo uma beijoca e espero que melhores o mais depressa possível, pois faço intensões de te ver e de me aninahr no teu colo.
Beijocas.

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